terça-feira, 15 de junho de 2010

Páginas em branco.


Seja por falta de tempo ou por não imaginação literária, o fato é que hoje a escassa criação textual tem me preocupado. E embora saiba e tenha total consciência de que qualquer autor - e digo qualquer, pois quando falo de mim refiro-me ao tipo mais medíocre - possui seus momentos que variam do apogeu literário à ausência total de produtividade, ainda sim me preocupo. Contudo, não é algo que possa tirar o sono, até porque ando cansado demais para isso.

Em minha vida nos períodos que antecedem a esse, existia entre mim e esse “mundo literário” uma suposta harmônica relação que de tão poderosa se fazia, era capaz fazer-me sentir diferente, fazer-me sentir apto a criar. E se no seu planeta Terra gerar o novo não algo é significativo, no meu ao contrário é de grande importância, pode trazer a tão sonhada identidade.

Existe uma grande diferença entre o leitor-leitor e o leitor-escritor que vai além de status passa por uma maior compreensão, e eu ousaria dizer uma “compaixão textual”.

Talvez seja essa a justificativa de minha insistente preocupação, sendo devida parte pelo medo de torna-se um ex-escritor - um "cidadão comum"-, parte por não possuir mais o passaporte que me leva para o mágico “mundo literário”.

Tainara Coutinho

sábado, 12 de junho de 2010


Como, meu Deus, tu podes fazer um ser tão sentimental quanto eu?

Que se faz feliz tão rapidamente...

E se entristece subitamente.


Se outra vida de fato existir...

Por favor, mais apático me mande!

Essa vida sentimental corrida demais é.


Por isso peço trégua!

Dê-me menos sentidos...

Aflições ou felicidades,

Ou faça sentir apenas por mim.

Tainara Coutinho