segunda-feira, 29 de junho de 2009

Vida Boêmia!



Necessito sim, nesse exato momento de livra-me daquele menininho. Já é tarde, porém é mais que preciso discutir minha relação com o papel e a caneta.

Falemos então, sobre algo que tanto tem me impedido de escrever poemas e crônicas nesses últimos meses, a vida boêmia, a grande vilã de qualquer produtividade.

Do amanhecer no almoço, do almoço no lanche da tarde, do lanche da tarde no jantar e do jantar em nem sei a hora! O despertar é talvez a maior virtude da boêmia, seu apogeu. Limitá-lo, é o primeiro sinal que a vida não anda lá essas coisas. Por isso não abram as cortinas, não há belo sol que pague horas de sono.

Mas não é só de sonecas que se faz um boêmio, é preciso ter amores. Não importando é claro, o seu estado. Uma pessoa que se preze apaixona, desapaixona, ama e implora infinitas vezes, mesmo que nem sempre vivendo em um conto de fadas. Afinal, tristeza faz parte, ela nos inspira. E é um bom motivo para bebedeiras, pois a não há nada mais piegas e elegante do que chorar e cantar por um amor que se foi.

Viva aos extremos, o chamado tudo ou nada. Jamais se preocupe algum tempo depois a vida social irá voltar os jogos, as mulheres e a música. Bendita seja boêmia!

(...) Menti, sou nada mais nada menos que um pequeno cidadão comum que faz todo o inverso de cima. E somente a música, que traz o primeiro acorde desde estilo de vida, o resto à imaginação toma conta na mais perfeita desordem. Logo após, volto novamente a ser aquele garotinho que culpa a boêmia por sua não produção literária. Maldita Boêmia!

Pseudônimo: Bruno Goslar

Tainara Coutinho



terça-feira, 16 de junho de 2009